NOITE DE REIS, DE SHAKESPEARE: ANTÓNIO M. FEIJÓ E RICARDO PAIS APRESENTARAM NOVO LIVRO DO TNSJ

O Teatro Nacional São João lançou o 40.º título da sua coleção de textos dramáticos: Noite de Reis ou Como Lhe Queiram Chamar, de William Shakespeare, com tradução e prefácio de António M Feijó.

“A situação central de Twelfth Night dramatiza, com efeito, uma série de enganos: Violeta, uma rapariga disfarçada de pajem, intercede, em nome do duque Orsino, junto de Olívia para que esta aceda a casar-se com ele; Olívia, no entanto, apaixona-se pelo mensageiro, acabando por casar-se com Sebastião, o entretanto aparecido irmão gémeo de Violeta”. É desta forma que António M. Feijó resume o enredo e subenredo de Noite de Reis no prefácio à sua tradução da peça. Publicada há mais de vinte anos numa coleção entretanto descontinuada, Noite de Reis ou Como Lhe Queiram Chamar é agora recuperada pelo Teatro Nacional São João e pelas Edições Húmus.

Em 1998, Ricardo Pais levava Noite de Reis, uma das mais populares comédias de William Shakespeare, ao palco do Teatro São João, a partir da tradução de António M. Feijó. Vinte e quatro anos depois, encenador e tradutor regressaram ao São João para o lançamento do texto originalmente traduzido para a encenação de Ricardo Pais. Esta nova edição de Noite de Reis foi revista por António M. Feijó.

Num reencontro moderado pelo poeta Daniel Jonas, entre memórias do processo de tradução de Noite de Reis, Ricardo Pais e António M. Feijó discutiram os desafios de traduzir peças de teatro e os critérios subjacentes às escolhas de tradução perante a complexidade de textos como os de Shakespeare. A propósito, António M. Feijó explicou que “na tradução, o verso que traduzimos tem o mar da linguagem atrás. Traduzir é olhar para uma frase e para o estado da linguagem toda que está para trás e que neste momento faz pressão sobre a frase. O tradutor tem de conseguir passar isso”.

O Teatro Nacional São João tem sido palco dos múltiplos projetos que, ao longo das últimas duas décadas, têm unido encenador e tradutor. Para além de Noite de Reis, António M. Feijó traduziu, também para espetáculos de Ricardo Pais, A Salvação de Veneza, de Thomas Otway, e Hamlet, de Shakespeare. A estes encontros soma-se ainda uma das mais marcantes produções do Teatro Nacional São João: Turismo Infinito, uma dramaturgia de António M. Feijó com encenação de Ricardo Pais. “Uma parceria profícua” como, humoradamente, qualificaram.

O livro Noite de Reis ou Como Lhe Queiram Chamar pode ser adquirido no Teatro São João, na livraria Poetria ou encomendado através do endereço eletrónico relacoespublicas@tnsj.pt.

_

21 de setembro de 2022