Hamlet é, depois da Bíblia, a obra que mais literatura gerou. Muitos encontram nela um espelho no qual cada um se confronta com o seu reflexo. “Quem vive?” é a pergunta lançada ao escuro da noite, logo no início da peça de Shakespeare. A história do Príncipe da Dinamarca é a história da nossa vacilação face a essa pergunta primordial: Quem sou? Hamlet é o arquétipo da literatura ocidental sobre a consciência humana.
É esta obra-prima sobre poder, vingança e os limites da moralidade a nova produção própria do Teatro Nacional São João, um espetáculo com encenação de Nuno Cardoso. O último diretor artístico do TNSJ lança-se pela sexta vez pelo território dramático de William Shakespeare, depois de já ter encenado Ricardo II (2007), Medida por Medida (2012), Coriolano (2014), Timão de Atenas (2018) e Lear (2021), este último produzido pelo TNSJ.
Nuno Cardoso leva à cena a tragédia do Príncipe da Dinamarca com o elenco residente do São João – Pedro Frias (Hamlet), Lisa Reis (Ofélia), Joana Carvalho (Gertrud), Pedro Almendra (Claudius), Patrícia Queirós (Guildenstern e Osric) e Paulo Freixinho (Rosencrantz, Marcelo e Voltemando) –, ao qual se juntam Alberto Magassela (Fantasma e Outro Coveiro), João Cravo Cardoso (Horácio), Jorge Mota (Francisco, Ator 1, Ator Rei, Ator Rainha, Luciano e Coveiro), Mário Santos (Polónio, Capitão e Padre) e Sandro Feliciano (Laertes).
Hamlet, de William Shakespeare, está em cena de 3 a 27 de abril no Teatro São João. Depois da temporada de estreia, parte numa digressão nacional com paragens no Centro Cultural de Paredes a 24 de maio, no Teatro Aveirense a 30 e 31 de maio, e no Teatro das Figuras, em Faro, a 7 de junho. O espetáculo é legendado em inglês.
Mais informações sobre Hamlet aqui.
_
4 de abril de 2025