Um fundo de catálogo não é um saco de restos. É um elogio ao que resta. Um contentor de preciosidades que a voragem das “novidades” deixou fora de circulação. Tem livros de autores de exceção em traduções excecionais, tem devedês com registos videográficos de espetáculos produzidos pelo TNSJ, tem até cedês com o nosso teatro radiofónico. Um fundo de catálogo convida à partilha e à vadiagem. Seria um crime mantê-lo fechado num armazém, a cismar com os leitores e espectadores que lhe podiam tocar em sorte. Vamos desempacotá-lo, dividi-lo por sacos e oferecê-lo aos nossos Amigos. Mais: vamos levá-lo às suas portas. Não saiam de casa, estejam atentos à campainha, suspendam a descrença, há surpresas boas que nascem do fundo do coração.
O fundo de catálogo, do fundo do coração
