Pedro Burmester revisita as Variações Goldberg, de J.S. Bach, e lança um novo disco neste concerto, integrado na digressão iniciada em julho e que se estende até ao próximo ano. Escritas em 1741 para o conde Hermann Karl von Keyserling e tocadas para ele pelo cravista Johann Gottlieb Goldberg, a quem devem o nome, são um dos exemplos maiores da forma variação. A peça é constituída pela exposição de uma ária, seguida de trinta variações, antes do retorno à ária no final. Obra fundamental na literatura para instrumentos de tecla, as Variações Goldberg representam um desafio para qualquer músico, quer na versão original para cravo, quer nas versões para piano ou trio de cordas, entre outras. Para lá da complexidade técnica, Bach combina a maestria da escrita contrapontística com uma abordagem quase matemática, criando uma peça intelectual e emocionalmente envolvente. Trinta e dois anos depois da gravação para a EMI Classics, Burmester regressa a estas Variações numa edição discográfica da Artway Next, revisitação cuja relevância artística podemos testemunhar ao vivo neste concerto.