Entre abril e junho, as Leituras no Mosteiro permanecem ancoradas na dramaturgia contemporânea em língua portuguesa. Desde dezembro passado, temos vindo a desvendar o universo dramatúrgico de um conjunto de autores portugueses, brasileiros, afrodescendentes. A memória, a identidade e a autobiografia são linhas de força dos textos deste trimestre. São assinados por dramaturgos-encenadores, a maioria com experiência enquanto intérpretes. Através das palavras de Raquel André, Tiago Cadete, Raquel Castro, Victor de Oliveira, Pedro Fiúza e Raquel S. vamos ao Brasil num cruzeiro pelo Atlântico, a um limbo de vivências entre Moçambique, Portugal e França, a um jantar de Natal em família assombrado pela morte, a um funeral ficcionado. Com estas palavras, desenhamos uma travessia que instiga uma releitura da História, a procura de outras histórias e vozes, a interrogação da pertença e da condição humanas. São textos-espelho, estes que vamos ler. “O que lês de onde estás?”