Descrição
Espetáculo suspenso. Consulte mais informações aqui.
“Só se pode fazer bom teatro com algumas coisas belas”, diz-nos João Botelho, daí não constituir surpresa o facto de desviar para o palco aquela que é, nas palavras de Hannah Arendt, a “mais bela história de amor da literatura alemã”. Falamos de A Criada Zerlina, narrativa que o escritor austríaco Hermann Broch inseriu no romance Os Inocentes, publicado em 1950. Zerlina é uma velha criada que, num exercício de retrospeção, expõe uma história de paixão que a envolve a si, à patroa e ao amante desta. Um relato atravessado pelo ressentimento sexual e classista, por um erotismo primitivo e por uma obsessão ética, no qual a personagem de Broch vai desdobrando o seu estatuto: criada, amante, precetora, espia, instigadora de loucura, ciúme e vingança. A transformar “em verdade” este intenso monólogo vamos encontrar Luísa Cruz, desempenho que lhe valeu um Globo de Ouro em 2019. “Uma bela e prodigiosa atriz”, para citar João Botelho, realizador que se estreia (finalmente!) no teatro, lugar de sombras e de intimidades, trespassado aqui por um raio de luz que fere “a obscuridade onde a revelação e o triunfo do texto devem acontecer”.
Galeria
Créditos
a partir de Hermann Broch versão de António S. Ribeiro com a colaboração de José Ribeiro da Fonte a partir da tradução de Suzana Muñoz
encenação João Botelho
cenografia e figurino Pedro Cabrita Reis desenho de luz Nuno Meira sonoplastia Sérgio Milhano/Pontozurca
produção executiva Nuno Pratas
interpretação Luísa Cruz
coprodução Culturproject, Centro Cultural de Belém
estreia 21Fev Centro Cultural de Belém (Lisboa) dur. aprox. 1:30 M/12 anos
Conversa pós-espetáculo 20 mar
Sessões
Teatro Carlos Alberto
· qui · 21:00 | ||
· sex · 21:00 | Conversa pós-espetáculo | |
· sáb · 19:00 | ||
· dom · 16:00 |